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Quando a pirataria é mais eficiente

            

 Hoje eu tenho uma históra para contar.

 Aliás, fazia tempo que eu não contava uma, né não?

 Hoje, ao sair para meu horário de almoço, sem querer descobri uma galeria no bairro onde trabalho. Ao avistá-la, logo pensei: “Deve ter alguma barraquinha de games aqui dentro. Vamos ver qual é a desse lugar…”
Dito e feito. Poucos passos dados, avistei uma lojinha de games mais à frente. Obviamente, a maioria dos games ali eram piratas, mas alguns originais estavam sendo vendidos também, embora não fossem tão bons, por exemplo, Beowulf: the game para PS3 (vixi…)
 Nas televisões que a lojinha dispunha, dois PS2 ligados, um Wii desligado e um Xbox360 ligado com um game muito familiar, um de tocar guitarrinha na banda de um bocudo, tal de Aero-não-sei-o-que…

 

Pois é. Era o tal do Guitar Hero Aerosmith que o pessoal tanto falava. O vendedor estava jogando no controle (para minha decepção), mas aparentemente estava gostando muito do que jogava.
Não sei porque, mas resolvi testar os conhecimentos do vendedor. Cheguei perto, resolvi “dar uma de migué” e perguntei: “Que jogo é esse?” (nossa que pergunta estúpida…)
Prontamente, o marreteiro respondeu bem e mais do que eu queria saber: “GH Aerosmith. Bem louco. Parece o 3 só que um pouco melhor. Sabia que os caras tiveram a idéia a idéia do game e cederam as músicas e os movimentos?”

Na verdade, é claro que eu sabia.

Veja bem leitor, a minha pergunta foi apenas “Que jogo é esse?”. O cara foi muito mais ligeiro e respondeu mais do que esperava. Aliás mais do que eu achava que ele soubesse.
Como quem estivesse bancando o cliente chato, resolvi alternar entre perguntas de vários “níveis de dificuldade” entre os games, os consoles e acessórios, como se fosse um leigo no assunto. Todas as perguntas foram respondidas de forma redonda, precisa.
Não foi preciso muito tempo para saber que o cara realmente entendia de games. Foi complicado manter meu disfarce quando o cara disse “Quer jogar?” e, por instinto de “detonar sempre”, acertei 98% das notas de “Sweet Emotion” no nível normal (como eu detesto jogar no joystick, se fosse na guitarra era 100% com certeza…)

“Pô, cê joga bem hein?”, disse surpreso. Eu ri, apenas.

Talvez ainda você não tenha entendido onde quero chegar, mas preste atenção nessa outra história:

Passei outra dia numa loja especializada de games, num shopping aqui de São Paulo. Mario Kart Wii era o game em questão. A pergunta era simples: “Cara, se eu quiser jogar esse game usando o nunchuck também, dá pra fazer isso?”.

Para minha decepção, o vendedor não sabia a resposta. Isso porque a loja era especializada…

Após uns bons minutos de conversa, o vendedor confessou: “O dono não deixa a gente abrir os games para testar”.

Já ouvi de lojistas coisas como: “Donkey Kong vai sair para Xbox360.” ou “Counter strike não foi proibido. É uma jogada da Electronic Arts para inibir a pirataria.” (essa última foi de matar…)

Aí meus caros, talvez vocês já tenham entendido o que quero dizer: Por vezes, os marreteiros são mais eficientes que os lojistas especializados.
Nem sempre se pode afirmar, mas em vários casos o camelô é o dono da barraquinha, o que lhe confere total liberdade para jogar os novos games que aparecem, o que lhe proporciona muitos pontos de vantegem sobre um vendedor de lojas especializadas. É óbvio que ninguém tem a obrigação de conhecer todos os games, afinal, nem eu mesmo que passo dias e dias olhando sites e blogs tenho tal conhecimento, mas as lojas de games realmente precisam capacitar melhor seu pessoal. Precisam mostrar que games é uma indústria como qualquer outra e que o vendedor é tão gamer quanto você ou até mais.

É claro que não estou generalizando, nem fazendo apologia à pirataria, porque não é esse o motivo aqui. Mas esse post estava engasgado na ponta dos dedos faz um tempo.
Se nosso mercado tende a crescer, não pode ser uma coisa bagunçada, nem banalizada. Deve ser levada à sério. Enquanto a pirataria se mostrar mais eficiente (porque só o preço para muitos já basta), não vai rolar o upgrade que tanto sonhamos.

Qualquer coisa, me contratem para trabalhar dando treinamento em lojas de games. Prometo que cobro baratinho.

Não esqueça de manifestar sua opinião também, logo aí abaixo.

Microsoft de olho nos jogadores de GTA IV pirata

O site 1UP informou que a Microsoft está investigando os usuários que jogaram a cópia ilegal do game Grand Theft Auto IV, que vazou na internet uma semana antes do lançamento oficial (29).

Todos os jogos são registrados no perfil do jogador no Xbox 360 que pode ser publicado na internet. Por isso, muitos gamers registraram o icone do GTA IV nos perfis dos seus consoles.

O site MyGamerCard.net já filtrou mais de 1.2 mil nomes de pessoas que jogaram o game pirata e a empresa de Bill Gates poderá tomar ações contra estes gamers, que vai desde uma ação judicial e até a exclusão de conta na rede Xbox Live.

Bush, iPod e internet: a pirataria digital

É… O Bush não pará de fazer merda! De guerra sem motivo a uma entrevista o senhor da guerra dá mais uma gafe! Em entrevista à rede FOX News Channel, como você vê acima, o presidente norte-americano George W. Bush começou a contar sobre os seus gostos musicais.

O repórter pergunta ao presidente sobre quais músicas que ele gosta de ouvir no iPod. Ele vai e dá o seu playlist: Alice Crowns, R.E.M., Beatles… Opa! Pára tudo! Como diria o “imortal” João Kleber, que atordoa a televisão de Portugal (ainda bem!).

Não existe nenhuma música dos The Beatles disponibilizada oficialmente na internet. Conforme eu disse no início da tarde de hoje no programa Rock News, da Rádio Central Rock FM, da região do ABC Paulista, o senhor presidente norte-americano, cometeu mais um crime em sua lista de vários dos quais cometeu contra a humanidade.

Agora ele cometeu o crime de pirataria e cópia ilegal sem autorização. O âncora do programa Rock News ainda me alertou – Mas, o Bush não ripou o CD, copiando a música para o computador e assim passado para o iPod. Eu respondi: sim, no mínimo ele fez isso, mas é crime da mesma forma.

Moral da história, agora será uma tendência, além das perseguições contra os camelôs que revendem CDs e DVDs piratas, as indústrias estão começando a perseguir os cidadãos comuns, que vão e pegam as músicas na internet e ouvem.

Tá aí você vem e me diz: O que há de errado nisso?

O que há de errado é que isso é crime também. Pela interpretação da lei é como se estivesse roubando as músicas.

No Distrito de Minesota, a americana Jammie Thomas foi condenada a pagar para quatro gravadoras, que foi representada pela RIAA – Records International American Association – o valor de US$ 9,250 (R$ 15.632) por música copiada. E ela copiou da internet 24 músicas. dando o valor de US$ 220,000 (R$ 371.800)! Pois é, isso está acontecendo nos EUA…

Logo, logo estas perseguições podem invadir o mundo e assim os debates sobre a liberdade do internauta vão chegar muito longe. Novas regras para a internet serão pauta nos congressos e parlamento de vários países para definir até que ponto a internet pode ser usada, mas, isso deve ser resolvido com cautela para que não seja cerceada a liberdade do internauta.

Que venha os próximos capítulos!